Imagem: Revista Galileu |
Os tardígrados são animais extremamentes resistentes, suportam temperaturas de -275ºC a 150ºC, e sobrevivem a situações extremas, como o vácuo no espaço, descoberta feita em 2007 quando duas espécies do filo foram enviadas ao espaço e quase metade conseguiu sobreviver.
Anatomia
Os tardígrados possuem o corpo cilíndrico, pernas curtas, medem de 0,3 a 1,2mm, possuem corpo segmentado e sem articulações, são celomados, protostomados, são seres eutélicos (durante o crescimento não há aumento do número de células), realizam criptobiose (quando estão em condições não favoráveis, entram em um estado de hibernação onde seu metabolismo fica extremamente reduzido, assim conseguem sobreviver), possuem ocelos (olho primitivo), o trato digestório é completo (alimento entra pela boca, passa pela faringe, esôfago e intestino), possuem uma estrutura chamada de estilete que é usada para perfurar o alimento, possuem Túbulos de Malpighi (órgão excretor de urina), possuem hemolinfa (líquido transportador), apresentam um gonópulo (por onde sai os ovos), sendo que algumas espécies possui um único orifício para fezes, urina e ovos, e outras espécies têm dois orifícios (ânus e gonópulo).
Imagem: Pinterest |
Reprodução
A reprodução dos tardígrados é pouco conhecida, mas sabe-se que a fêmea faz ecdise e, antes de liberar a cutícula, produz uma certa quantidade desta, e então se libera totalmente da cutícula velha (exzuvia). Durante esse processo, os gametas femininos e masculinos são liberados dentro da cutícula e ocorre a fecundação. São seres dióicos (feminino e masculino) e não tem dimorfismo sexual (diferença entre macho e fêmea).
Espécies
Os tardígrados têm distribuição mundial. Até o momento são conhecidas 136 espécies, todas da ordem Heterotardigrada (Marcus, 1927). No Brasil, são registrados 6 espécies: Batillipes pennaki (Marcus, 1946), Batillipes
mirus (Richters, 1909), Batillipes tubernatis (Pollock, 1971), Orzeliscus belopus (Marcus, 1952), Echiniscoides sigismundi (Schultze, 1865) e Opydorscus fonsecae (Renaud Mornant, 1990).
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Referências:
Tardigrada. Claúdia Assunção. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo
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